O olhar psicogenético de Lev Vygotsky sobre a genialidade

No campo da psicologia, Vygotsky postula que a genialidade não é um mero talento, mas algo superior a ele. Manifestando-se na forma de criatividade e possuindo grande significado histórico para a sociedade. Em suma, pode-se definir gênio como aquele que ocupa uma posição acima do normal nas habilidades próprias de sua área e da época histórica em que isto acontece. Vygotsky, que postulou teorias ligadas ao desenvolvimento humano, diz que a genética não apresenta um gene específico que traz a genialidade em inteireza, mas que esta provém de uma ordem de fatores, sendo o ambiente externo uma variável decisiva na formação do gênio.

Ele assinala que mesmo que o talento em si possa ser inato, não se desenvolve se não houver um ambiente propício com mínimas condições econômicas e sociais. É o meio social que concretiza a potência da genialidade proveniente da hereditariedade. Observa-se isso quando um indivíduo com grandes habilidades, por exemplo, vive num ambiente familiar erudito. Mozart poderia muito bem não ter se tornado um dos maiores gênios da música caso não tivesse sido estimulado para essa arte desde o útero. Sua mãe, grávida, já tocava cravo para ele. Seu pai era professor de violino e o treinava sistematicamente desde muito cedo. Aos 6 anos, Wolfgang Amadeus Mozart começou a compor. Assim, pode-se concluir que, em seu tempo, Vygotsky considerou a genialidade como um fruto ainda parcialmente inexplicável de ordem biológica, psicológica e social.
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