O que faz um gênio?

INTRODUÇÃO:
Gênios são pessoas com grande capacidade mental, podendo esta se manifestar através de um intelecto de primeira grandeza ou um talento criativo fora do comum. As grandes personalidades da história consideradas geniais sempre despertaram certa curiosidade sobre as suas capacidades intelectuais e criativas entre os pesquisadores, que produziram centenas de páginas sobre esse tema. Ao longo do tempo, a figura do gênio adquiriu uma conotação quase sobrenatural. Chamar uma peça de Shakespeare, uma composição de Mozart ou um romance de Jane Austen de “genial” não era simplesmente apontar para a sua qualidade excepcional. Era considerá-los tão extraordinários a ponto de não poderem ser racionalmente explicados. Acreditava-se que os gênios eram seres superdotados e predestinados, que falavam em segredo com deusas ou que tinham uma inspiração divina em suas descobertas e criações. Tal modo de ver criações geniais tem um ancestral ilustre na teoria da inventividade poética proposta, há mais de dois mil anos, por Platão. No seu curto diálogo Íon, inteiramente devotado ao tema da poesia, o filósofo põe na boca de Sócrates a teoria de que as criações poéticas não derivam de um esforço consciente e regrado. Tais criações surgiriam de uma possessão do poeta por uma Musa divina, que utilizaria o artista como simples veículo para entoar seus belos versos.

Com os avanços da neurologia, da genética e da psicologia, entre outras disciplinas, alguns desses conceitos foram reavaliados. Compreendeu-se que a parte biológica poderia ter certa importância, mas o estímulo desde cedo e uma educação adequada formariam pessoas com notável capacidade intelectual. Nesse contexto, o presente texto pretende explorar a conotação mítica e admirável presente na figura do gênio, abrangendo fatores genéticos, sociais e familiares que poderiam auxiliar ou inibir sua formação.





AUTORES:

Atos Gabriel da Cruz Reis
Cleiziane dos Santos Gama
Damiana Janaína Dias Ferreira 
Hugo Gabriel Oliveira dos Santos 
Kamylla Viana Dantas
Maria Izabel Cunha Souza
Maria Tereza da Silva Gonçalves



REFERÊNCIAS:
A MENTE É MARAVILHOSA. 5 traços da genialidade. Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/5-tracos-genialidade/>. Acesso em: 10 de jan. 2020.

ANTUNES, Celso. O mito da genialidade. Disponível em: <http://www.celsoantunes.com.br/o-mito-da-genialidade/> Acesso em: 09 de jan. 2020.

CHÁVEZ-EAKLE, R. A.; GRAFF-GUERRERO, A; GARCÍA-REYNA, J; VAUGIER, V; CRUZ-FUENTESA, C Cerebral blood flow associated with creative performance: A comparative study. Disponível em: <http://www.positivedisintegration.com/Chavez-Eakle2007etal.pdf>. Acesso em: 12 de jan. 2020.

DELOU, Cristina Maria de Carvalho. Bueno, José Geraldo Silveira. O que Vygotsky pensava sobre a genialidade. Revista de Educação PUC- Campinas, Campinas, n.11, p.97-99, novembro de 2001. Disponível em: <http://seer.sis.puc-campinas.edu.br/seer/>. Acesso em: 15 de jan. 2020.

DOERR-ZEGERS, Otto. (2003). Phenomenology of genius and psychopathology. Seishin shinkeigaku zasshi = Psychiatria et neurologia Japonica. 105. 277-86.


HELAL, D. H. O papel da educação na sociedade e organizações modernas: criticando a meritocracia. REAd - Revista Eletrônica de Administração. 56 ed, v.13, n. 2, p. 386-408, 2007. ISSN: 1980-4164. Disponível em: <https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=401137457007>. Acesso em: 16 de jan. 2020.

OLIVEIRA, Lúcia Helena. Inteligência: coisas de gênio. Disponível em: <https://super.abril.com.br/comportamento/inteligencia-coisas-de-genio/> Acesso em: 09 de jan. 2020.

PETERS, Gabriel. O método na loucura (3): três modelos da genialidade, por Gabriel Peters. Disponível em: <https://blogdosociofilo.com/2018/04/02/o-metodo-na-loucura-3-tres-modelos-da-genialidade-por-gabriel-peters/>. Acesso em: 10 de jan. 2020.

SAKAMOTO, Cleusa Kazue. Livres Associações sobre o estado de Crise Emocional – perspectivas de compreensão psicodinâmica da capacidade criativa. 1990, 88f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1990. Disponível em: <https://administracaocriativa.wordpress.com/2014/06/03/a-hierarquia-das-necessidades-de-maslow-e-a-criatividade/>. Acesso em 15 de jan. 2020.

SCOPEC, R. Neurobiology of Thinking, Identity and Geniality. Disponível em: <https://arxiv.org/vc/q-bio/papers/0612/0612009v1.pdf>. Acesso em: 13 de nov. 2019.

SOUSA FILHO, A. Cultura, ideologia e representações. In: Maria do Rosário de Carvalho; Maria da Conceição Passeggi; Moises Domingos Sobrinho. (Org.). Representações sociais: teoria e pesquisa. 1 ed. Mossoró: Fundação Guimarães Duque/Fundação Vingt-un Rosado, 2003, v. 1376, p. 71-82. ISBN 85-89888-01-0.

TABORDA, Caique Simão. O estudo genético da genialidade. Disponível em: <https://blog.movimentozeitgeist.com.br/o-estudo-genetico-da-genialidade/> Acesso em: 08 de jan. 2020.

UNIVERSIA BRASIL. Criatividade é determinada pela genética, revela estudo. Disponível em: <https://noticias.universia.com.br/ciencia-tecnologia/noticia/2012/10/25/977248/criatividade-e-determinada-pela-genetica-revela-estudo.html > Acesso em: 09 de jan. 2020.

VELEZ, Fabio. ¿Meritocracia? ¿para quiénes?. Isonomía, México, n. 48, p. 147-167, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1 40502182018000100147&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 16 de jan. 2020.


Comentários

Postagens mais visitadas